A Redundância entre Mediunidade e Dissociação

Manifestação de Azrael em um ritual,
foto por Damien e Soraya

Texto por Soraya Maya
@clarividentesoraya

Há de quantos muitos eSotéricos se espera remeterem a filosofias eXotéricas praticadas hoje em moldes religiosos a manifestação da mediunidade torcerem o nariz e não é novidade, porém ignorar a compreensão da mesma é detrimento intelectual dada a necessidade de experienciar gnose para assim no tomo consciencial atingir maiores pleromas. Tratando-se de psiquismo, todo comportamento humano tem relevância à observação metafísica, pois já é aberto um campo da ciência que chamado parapsicologia categoriza o sobrenatural experienciado pelo homem, e mediunidade seria o conjunto de tais concepções do mundo não material. 

Partindo do mundo das ideias, tudo o que vemos aqui é uma sombra do que existe lá, o que nossos sentidos humanos experimentam da matéria ordinária que compõe apenas 5% do universo, e que de forma viciosa chamamos de realidade, talvez na intenção de nos sentirmos seguros por mecanismo de defesa da sanidade. Afinal, não é natural escolher se pôr em risco adentrando no desconhecido por meios sinistros e sem ressalvas, então logo adianto que a porta deste entendimento é estreita, justamente para poucos; poucos estes que são já muitos a não se verem fazendo parte de algo tão finito que é o ciclo natural a esta criação demiurgica. 

As horas compõem os dias, e estes a semana, e esta o mês, este o ano, porém as horas são compostas de minutos, e estes de segundos, e estes de décimos, e centésimos, e milésimos; o infinito existe adiante e também desde seu ponto de referência da sua percepção assintoticomante, restando a você escolher onde quer estar, se olhar o universo pelos sentidos extrassensoriais, os mesmos que nos permitem ir além da matéria e experienciar a existência de forma expansiva psiquicamente sentindo. 

Segundo Carl Jung, nossa psique é composta por várias partes que interagem entre si para dar funcionalidade a toda engrenagem da mente humana, e uma dessas partes é o subconsciente, a maior parte, a mãe da consciência, e este possui duas partes: pessoal e coletivo. Observamos a definição abaixo que Evandro Rodrigo Tropéia nos dá:

“Segundo Carl Gustav Jung (1875-1961), o Inconsciente Pessoal é o reservatório de todo material que já foi consciente, porém foi esquecido ou reprimido.

Tudo aquilo que o Ego não suporta é transferido da Consciência para o Inconsciente Pessoal.

Este nível da Psique é comparado a um receptor, pois ele tem a função de receber todas as atividades psicológicas e todos aqueles conteúdos que não conseguem se harmonizar com o processo de Individuação e com o Consciente.

O Inconsciente pessoal na concepção da Psicologia Junguiana desempenha um papel de fundamental importância na produção dos sonhos.

Todo conteúdo presente em toda a Estrutura da Psique, por mais absurdo e sem sentido que pareça, é real. Afinal, a Psique é uma grande realidade.

O Inconsciente Coletivo para Jung consiste em toda herança espiritual de evolução da Humanidade, nascida novamente na estrutura cerebral de cada ser humano.

Neste nível profundo da Psique, podemos dizer que somos todos iguais e que não somos entidades separadas, pois todos somos “um”.

Sugiro então que você se questione que, logo, gnose está para Sophia, que está para registros akáshicos, que está para Inconsciente Coletivo, que está para o Inconsciente, que está para a maior parte da sua mente, porém o Consciente é a âncora para sua realidade. Ou seja, a busca pela transcendência em atingir outros planos de existência e consciências exige desprendimento da realidade, dos sentidos ordinários para o sentir espiritual, além do espaço-tempo, adentrar no desconhecido para descobrir o conhecimento real e não apenas intelectual, onde residem todas as respostas que não podem ser encontradas na prisão demiurgica em que tal realidade é limitada e para limitar nossa existência em essência. 

Mediunidade é dissociar-se da realidade e expandir as percepções consciências exercendo assim sua existência simultaneamente em outros planos.

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